"Percebi que o exame físico mais "convencional", aprendido nas faculdades de medicina, deixa de lado alguns aspectos importantes da observação dos recém-nascidos. Se nos focarmos na auscultação, na palpação, na avaliação do tónus e da atividade, perderemos muitos sinais que o bebé nos está a transmitir. Acredito que o respeito pelos sinais que o bebé nos dá e a criação de um ambiente que promova a estabilidade, proteção, tranquilidade e respeito pelo ritmo e pelas capacidades (do bebé) podem definitivamente melhorar o seu desenvolvimento. Também está intimamente relacionado com o respeito pelos outros. Acredito que já não olharei para um bebé da mesma forma, no sentido de que se perceber que não está pronto, preparado ou disposto para a interação, não tenho o direito de forçar essa interação. De uma forma algo "romântica" de ver a situação, como quando batemos à porta de alguém para perguntar se podemos entrar, devemos verificar se o bebé quer que entremos no seu espaço antes de o fazermos."